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Alcoólico em paz

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Autoconsciência: saber como você se sente e por quê

10 segunda-feira out 2016

Posted by Alcoólico em paz in AA, Cotidiano, Espiritualidade, Experiências pessoais

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12 Passos, AA, Admitimos, Admitir, Alcoólicos, Alcoólicos Anônimos, Alcool, Alcoolismo, Alegria, Autoconsciência, Clareza, cognição, Cognitivo, Consciência, Controle, Decisão, Decisões, Dependência q, Doze Passos, Drogadição, Drogas, Emoções, Emocional, Equilíbrio, Espiritualidade, Estudo, Ferramenta espiritual, Infância, Intimo, Inventário, Inventário Pessoal, Liberdade, Liberdae, Motivação, Pensr, Percepção, Poder Superior, Reações, Realização, Reconhecimeto, Recuperação, Reparações, Responsabilidade, Sentimentos, Sonhos, Terapeuta, Terapia, Tristeza, Valores

Não sei das outras pessoas, mas nós alcoólicos (e acredito que também dependentes de outras drogas) carecemos de aulas de alfabetização emocional. Muitas delas. Adultos mais ou menos normais parecem ter noção dos seus sentimentos. Mais: parecem também saberem, com certa segurança e boa dose de equilíbrio, por que suas mentes ou seus corpos estão reagindo de tal maneira. Nós (ou, acredito, pelo menos a maioria) parecemos não termos essa percepção interna básica, geralmente aprendida na infância.

Bom, mas agora o estrago já está feito. Nosso negócio é consertar. Buscar soluções. Eu faço terapia, mas acredito mesmo é na espiritualidade (que possivelmente me faça pensar e estudar minha existência e meus sentimentos mais do que qualquer terapeuta). Espiritualidade essa que é a base da recuperação, de acordo com os Doze Passos de Alcoólicos Anônimos (A.A.). E é com eles servindo de ferramenta que podemos realizar uma tarefa muito importante e séria em nossas vidas: nomear nossos sentimentos. Ter clareza (por menor que seja) de nossas emoções, do que ocorre em nosso íntimo, é fundamental para que consigamos tomar decisões sóbrias, lúcidas. Em outras palavras: parar de pensar besteira e de fazer bobagem! Porque fazer reparações é preciso, mas viver para isso é masoquismo. Por isso é que procuramos rogar por sanidade ao Poder Superior. Rogar pelo caminho vivo e lúcido da sanidade. E parece ser bem fácil perdermos o rumo quando não somos capazes de reconhecer e administrar minimamente nossas emoções.

Dar atenção a esse mundo interior, com seus defeitos e qualidades, alegrias e tristezas, ânimos e angústias, é que nos capacita a termos um pouco de controle de nós mesmos. Sim, porque o Poder Superior é quem deve estar no comando, mas quem tem de interpretar seus desígnios e agir somos nós. Esse foco interno, tão solicitado, por exemplo no Décimo Passo (“Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente”) nos faz reconhecer o terreno no qual edificamos diariamente nossas obras. Nos dá noção para tomarmos pequenas ou grandes decisões que influenciarão nossas vidas tanto em curto ou longo prazos.

Mas nem é sobre tomada de decisões o mote desta reflexão que faço. Penso puramente no olhar para dentro de nós mesmos. Acho que é assim que podemos entrar em sintonia com o que e mais importante para nós. Em consequência, temos um contato bem claro com os interesses que nos motivam. Ato contínuo, temos lucidez para fazer escolhas que abrandem nossos sofrimentos e acendam nossas alegrias (porque elas existem). E o mais interessante é que essa se torna uma motivação intrínseca, que vem de dentro. Isso aumenta a possibilidade de que, com o tempo, passemos a agir e pensar com o que poderia chamar de responsabilidade emocional, de viver em sintonia com o que é realmente importante para nós, de estabelecer práticas condizentes com nossas crenças e valores que nos aliviem e impulsionem ao mesmo tempo.

O olhar atento e constante para nossas emoções nos permite essas novas experiências (acho que prazerosas em sua maioria). Nomeando nossos sentimentos passamos a perceber o que queremos cultivar em nossas vidas e por quê. Essa competência para entrar em sintonia comigo mesmo e com o que importa para mim é o que estou tentando aprender. A vida passa e agora já consigo ver algumas coisas acontecendo. É como se eu começasse a imaginar/compreender/sentir que tenho um certo leme interno e que posso colocá-lo em direção aos meus valores. E tudo parece florescer quando o trabalho é bem feito.

Há poucos dias estou praticando essa consciência observadora e tentando ponderar meus pensamentos, principalmente nos momentos mais intolerantes, críticos, raivosos até. Tem dado certo. Dá para perceber que já controlo boa parte dos impulsos antes de agir. Esses momentos de pausa passaram a ser um bálsamo, um pouquinho de liberdade para escolher, para administrar as emoções e impulsos em vez de ser terrivelmente controlado por eles.


Escrito pelo editor de Alcoólico em Paz. A reprodução é livre desde que citada a fonte e indicado link para o texto original.

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A maravilha de estar sempre disponível

26 segunda-feira jan 2015

Posted by Alcoólico em paz in Cotidiano, Experiências pessoais

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Ajuda, Alegria, Amigos, Amizade, Apoio, Companheiros, Disponível, Doença, Filhos, Grupo, Maternidade, Novidade, Paternidade, Plantão Médico, Recuperação, Solidariedade, WhatsApp

Há pelo menos cinco dias, nossa filhinha de um ano e cinco meses está com otite e neste domingo, inesperadamente, a febre voltou de forma mais forte. Passamos, minha esposa e eu, preocupados, buscando fazer o possível para ajudá-la esperançosos que o antibiótico fizesse efeito e ela melhorasse. Ocorre que, às 22h a febre aumentou ainda mais e alcançou quase 39ºC. Decidimos levá-la ao plantão médico, que estava lotado no Hospital da Criança em Porto Alegre. Nossa consulta foi marcada somente para às 3h30min da madrugada.

Durante a espera, notei os demais que aguardavam sentados na sala. Todos casais. Mãe, filho(a) e… pai. Sim, os pais estavam lá, ao lado das mães e dos filhos, dando apoio e ajudando a acalmar as crianças em uma madrugada de domingo para segunda-feira. Fiquei imaginando que se fossem alcoólicos na ativa, certamente não poderiam estar ali naquele momento, teriam passado o domingo se embriagando e estariam inúteis. Essa foi a parte boa. Mas a parte ruim dos meus pensamentos foi que também pensei que poderia haver em uma capital de 1,5 milhão de habitantes, crianças doentes em casa e mães que não puderam contar com os pais para dirigir ou mesmo acompanhá-las ao hospital. Senti-me feliz por poder estar lá, mas também triste pelos momentos em que, quando na ativa, não pude ajudar minha esposa, não estive disponível e, pior, ainda causava mais problemas e preocupações.

Estar disponível sempre é uma das grandes alegrias de um alcoólico em recuperação. Sentir-se útil e saber que as pessoas confiam em ti 24 horas por dia é uma coisa maravilhosa. E disponíveis também estavam meus companheiros em recuperação. Ao dar o “boa noite” no nosso grupo do WhatsApp, falei sobre minha situação. E recebi apoio deles. Foram solidários e me enviaram mensagens que me fizeram ficar ainda mais tranquilo para encarar a situação, que era nova para mim.

Hoje não pude ir ao trabalho para ficar cuidando da minha pequena. Agora ela dormiu e resolvi escrever o post diário aqui no blog. Agradecido ao Poder Superior por ela estar melhor, por eu estar firme em recuperação e pelos meus companheiros, despeço-me por hoje.

Um abração e mais 24 horas serenas e sóbrias para todos nós.

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Passo Zero: a decisão de ser feliz sem o álcool

22 quinta-feira jan 2015

Posted by Alcoólico em paz in AA, Cotidiano, Experiências pessoais

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Alcoólicos Anônimos, Alcoolismo, Alegria, Angústia, Big Book, Bill W., Despertar Espiritual, Felicidade, Feliz, Livro Azul, Passo 0, Passo Zero, Poder Superior, Recuperação, Tranquilidade

Eu já tinha lido algumas vezes na internet menções sobre um tal de “Passo 0”, ou “Passo Zero”, de Alcoólicos Anônimos. Na verdade, esse passo, além de um tanto surreal, não existe em tese. É apenas uma das formas com que alguns alcoólicos que pensam como eu, que a convivência com o alcoolismo não deve ser uma batalha diária, encontraram para expressar essa opinião. Hoje encontrei um texto interessante no blog The Spirit of Recovery (O Espírito da Recuperação), do companheiro Rom M. que traduz bem o que eu tenho lido sobre o chamado Passo Zero e que é a motivação maior para eu escrever este blog diariamente.

O nome do blog já diz tudo: “Alcoólico em paz”. Tenho experimentado angústias depois do meu despertar espiritual, não nego. Mas nada comparado com o desespero e com a sensação de impotência total que eu sentia antes dele. Acho estranho, sim, companheiros que com anos de abstinência (reservo-me o direito de não falar em sobriedade nesse caso) e frequentando reuniões diariamente em alguns casos, ainda sintam vontade de beber. Dia desses, conversando com um consultor da clínica onde estive internado, confirmei que realmente esses casos não deveriam ser a regra, que são pessoas que não tiveram seu despertar espiritual ou não seguem os 12 Passos de A.A.

Rom M., em seu texto, lembra bem o espírito dos cofundadores da irmandade quando escreveram o Livro Azul, também chamado de Grande Livro (Big Book, ou BB), que no Brasil pode ser encontrado em qualquer grupo de A.A. sob o título “Alcoólicos Anônimos”. Rom fala dos primeiros companheiros: “…eles tinham um modo de viver e um conjunto de princípios para seguir, que lhes permitiu viver feliz, feliz e livre, sem álcool. Ainda mais importante, eles estavam vivendo sem medo; eles não estavam nem lutando para permanecer sóbrios, nem evitando a tentação. Para eles, o problema tinha sido removido! E quando olhei para e ouvi pessoas nas reuniões de A.A., eu podia ver e sentir que havia alguns aqui e ali, embora não muitos, que também estavam vivendo feliz, feliz e livre. Isso tudo parecia muito bom para mim.” (A tradução é minha. Você pode ler o original clicando aqui).

Então, lendo um pouco mais sobre a experiência do companheiro norte-americano e conversando com meu consultor que tem mais de 30 anos de sobriedade, pude ver que aquilo que eu sinto não é loucura minha. Que a vida FELIZ sem o álcool é possível. E isso me dá forças para seguir dando os passos sugeridos, frequentando reuniões mesmo rodeado de alguns companheiros ranzinzas…

Mas, principalmente, me dá forças e tranquilidade para seguir escrevendo esse blog diariamente. Obrigado, Rom M., obrigado José P.

E mais 24 horas serenas e sóbrias para todos nós.

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Um pequeno gesto, uma imensa mensagem

05 segunda-feira jan 2015

Posted by Alcoólico em paz in AA, Cotidiano, Experiências pessoais, Narcóticos Anônimos

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12º Passo, AA, Alcoólicos Anônimos, Alegria, Amigos, Amizade, Amor, Bill W., Décimo Segundo Passo, Felicidade, Irmandade, Liberdade, Mensagem, NA, Narcóticos Anônimos, Sobriedade

Neste domingo precisei viajar para resolver uns assuntos, daqueles que não podemos nem devemos procrastinar, e aproveitei para levar a família e visitar amigos que foram fundamentais para minha esposa e filha durante o tempo em que estive internado. O dia estava ensolarado e a rota onde eu viajava é muito bonita, costuma ser trilhada por motociclistas de final de semana, daqueles que se vestem a caráter e saem por aí com suas motos incrementadas. Pois em certo ponto um desses aventureiros ultrapassou meu carro, deu uma leve buzinada e estendeu levemente para baixo a mão esquerda com o sinal de “eu te amo” em libras.

Sinceramente, sem querer ser piegas, foi uma das cenas mais emocionantes que eu vi e vai ficar gravada em minha mente para sempre. Naquele segundo, consegui perceber também que no para-lamas da moto havia o símbolo de N.A. (Narcóticos Anônimos). Foi aí que lembrei que na traseira do meu carro tem um adesivo do A.A. Então aquela mão enluvada a meio-dedos fez todo o sentido… Estava dizendo “estamos juntos, vale a pena, é possível ser feliz em sobriedade”. Até tentei achar na internet alguma imagem parecida, mas é impossível (fiz essa montagem tosca aí de cima só para ilustrar). A cena é única em sua beleza e significado.

Com aquele simples gesto, aquele companheiro fez um grande 12º Passo para mim! Está lá, no livro “Os Doze Passos e as Doze Tradições”: “A alegria é o tema do Décimo Segundo Passo, (…), o dar que não pede recompensa, o amor que não tem preço.” (pág. 6). E logo se escondeu depois de uma curva o anônimo motociclista com sua caroneira agarrada a ele. Livre para ser feliz, desde que não se esqueça das coisas primeiras, da recuperação diária. Assim me senti. Feliz e tranquilo. Hoje sei que há sempre alguém junto comigo, que faço parte de uma irmandade na qual o sol nunca se põe, pois a todo o momento, em algum lugar do mundo, existe AAs reunidos no caminho da sanidade e da espiritualidade. Juntos em uma fraternidade na qual o cimento é o amor. Nas palavras do próprio Bill W. em um artigo de maio de 1960 intitulado “O que é Liberdade em A.A.” (A Linguagem do Coração, pág.356):

“Nossas liberdades de A.A. constituem a terra em que pode florescer o autêntico amor – o amor que temos uns com os outros e o amor de todos para com Deus.”

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Sou grato a Deus por ser um alcoólico

29 segunda-feira dez 2014

Posted by Alcoólico em paz in AA, Experiências pessoais

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12 Passos, AA, Alcoólicos Anônimos, Alcool, Alcoolismo, Alegria, Bill W., Boa Vontade, Despertar Espiritual, Deus, Doença, Doze Passos, Dr. Bob, Felicidade, Filosofia de vida, Gratidão, Honestidade, Humildade, Mente Aberta, Paz, Poder Superior

Não estou lembrado. Mas certa vez li em algum lugar ou ouvi em algum depoimento a frase “sou grato a Deus por ser um alcoólico”. Confesso que aquilo ficou gravado na minha memória e, como entusiasta e otimista que sou, sempre imaginei que, se aquilo fosse verdade, um dia eu também poderia proferir a mesma frase com toda a honestidade de minha alma. Pois essa hora chegou. E mais: a cada dia que passa, sou mais grato ainda ao meu Poder Superior por ser portador dessa doença física, mental e espiritual, incurável, progressiva e fatal, chamada alcoolismo.

E nesse estado de espírito não há nada de comparação com outras enfermidades, muito menos de jogo de palavras ou vã retórica. Embora o alcoolismo seja uma doença (CID F10.0) que, como todas as variações de dependência química, possa ser estacionada sem o uso de medicamentos, não é essa a motivação para minha felicidade ao reconhecer  internamente que sou um alcoólico. Sou grato, pois essa obsessão mental da qual sou acometido, apesar de não ter cura, pode ser, além de abrandada, passar do limite da normalidade e atingir estados de plenitude mental e espiritual se nós doentes seguirmos o simples programa de 12 Passos descoberto em 1935 por dois simples alcoólicos.

Quase 80 anos depois, a ciência, por mais que tenha tentado, ainda não conseguiu entender como o método funciona, mas ele tem salvado milhares de vidas, inclusive a minha. Não é meu intento explicar aqui o programa de Alcoólicos Anônimos, até porque acredito que não tenha tamanha capacidade. Apenas quero dizer que essa obra que considero divina (uma vez que não é científica) tem me tornado um ser humano melhor a cada dia. Cada princípio espiritual implícito nos passos, como Honestidade, Mente Aberta, Boa Vontade, Humildade… caso sejam adotados com “sincero desejo” de se ver livre da obsessão, faz brotar a cada minuto uma pessoa melhor de dentro de qualquer um que os sigam.

O programa apenas sugere que olhemos para dentro de nós mesmos. Apenas sugere que sejamos honestos, reconheçamos nossos defeitos de caráter, nossa finitude, nossa pequenez diante de um todo maior, que “tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas”. Mostra-nos a importância de fazermos um “destemido e minucioso inventário moral de nós mesmos”. E que reconheçamos nossas falhas e defeitos de caráter “perante Deus, nós mesmos e perante outro ser humano”. Sugere que nos prontifiquemos diariamente a melhorar a nós mesmos e acreditar e rogar a Deus para que ele remova esses defeitos, para que ele nos livre de nossas imperfeições. Sugere que tenhamos a honestidade e coragem para fazer “uma relação de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e nos dispuséssemos a reparar os danos causados”, para que façamos “reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-las significasse prejudicá-las ou a outrem”.

Quando nos prontificamos a encarar esse programa como filosofia de vida, entregamos nossa “vida e nossa vontade” nas mãos de um Poder Superior e acreditamos que ele possa nos conduzir em um caminho de sanidade, de sobriedade plena, sem sofrimentos, sem dores pela privação das substâncias que nos aprisionavam, torturavam, escravizavam. É sugerido que melhoremos a cada dia nosso contato com Deus “na forma com que o concebemos” e que peçamos a Ele “apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós e forças para realizar essa vontade”. Que continuemos diariamente a fazer nosso inventário moral e admitamos prontamente nossos erros.

Por fim, uma última sugestão: para que, tendo experimentado um despertar espiritual, que transmitamos a mensagem àqueles que ainda sofrem e que continuemos a praticar esses princípios em todas as nossas atividades.

Sinceramente, eu duvido que eu me dispusesse a começar a fazer tudo isso caso minha vida não estivesse em risco, caso não tivesse passado por pelo menos quatro situações claras de morte, caso não tivesse tido um despertar espiritual que me mostrou todo o horror que o álcool me fez cometer a mim e a quem eu mais amo. Por isso sou imensamente grato a Deus por ser um alcoólico. Pois foi por meio dessa doença que descobri uma nova maneira de viver. Recebi gratuitamente ferramentas espirituais para que eu possa ser a cada dia um homem, um amigo, um irmão, um filho, um marido e, principalmente, um pai melhor e em paz.

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Sete formas de se divertir sem bebidas alcoólicas

22 segunda-feira dez 2014

Posted by Alcoólico em paz in Cotidiano

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Alcoolismo, Alegria, Amor, Cultura, Dança, Diversão, Esporte, Namoro, Natureza, Prazer

O álcool pode até parecer inofensivo, mas não é. Porém, mesmo quem tem essa consciência, às vezes pode ter dificuldade em se divertir sem bebidas alcoólicas. Mas, cá entre nós, depender de uma substância psicoativa para se alegrar não está com nada. Por isso, trouxemos dicas para quem quer deixar de beber ou já não gosta de beber, mas fica sem saber o que fazer. Dá só uma olhada:

1. Novos sabores

Que tal conhecer novos sabores? Comer é um prazer imensurável e, quando não há exageros, não causa nenhum problema. Vale a pena experimentar novos restaurantes e novos pratos. Gosta de cozinhar? Então aproveite os dotes culinários e faça aquela receita que há tempo deseja.

2. Atrações culturais

Museus, teatro, música, fotografia e todos os tipos de artes são ótimos programas que não precisam de álcool. Aproveite as atrações culturais próximas de você e vá se divertir!

3. Paquerar

Quer se embriagar? Se embriague de amor! É muito melhor paquerar sóbrio do que sob efeito de álcool. Além de estar mais consciente dos atos, os sentidos ficam aguçados, podendo curtir muito mais o momento com a outra pessoa.

4. Contato com a natureza

Trilhas ecológicas, piquenique e cachoeira são ótimas opções de reunir a turma e dar risada. O contato com a natureza provoca sensação de bem-estar e paz.

5. Jogos de tabuleiro

Quem disse que jogo de tabuleiro é só para crianças e adolescentes? Há muita variedade de jogos legais que, além de serem saudáveis, garante a diversão por horas.

6. Dance

Está em uma casa noturna e gostar de dançar? Dance! Ninguém precisa de álcool para soltar o corpo. Vergonha ou timidez? Ih, desencane! Todo mundo está ali para se divertir, não tem porque se sentir constrangido por dançar.

7. Pratique esporte

Chame a galera e pratiquem esporte juntos. Pode montar um time de futebol ou grupos de caminhada e corrida. Além de evitar o álcool, a saúde será beneficiada e, em vez de ressaca, seu corpo vai ter muito mais disposição.

A verdade é que nenhum programa precisa de bebida alcoólica e é possível se divertir muito quando tem a consciência de que o importante é estar com as pessoas que nos faz sentir bem. Excessos, mesmo que seja somente aos fins de semana, não são bons. O legal mesmo é poder curtir a vida com a saúde.

Você tem mais dicas de como se divertir sem bebidas alcoólicas? Conte para nós!

Fonte: www.alcoolismo.com.br

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Os momentos mágicos perdidos

05 sexta-feira dez 2014

Posted by Alcoólico em paz in Cotidiano, Experiências pessoais

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Alcoólicos Anônimos, Alcoolismo, Alegria, Alicerce espiritual, Bem-estar, Despertar Espiritual, Família, Momentos, Oração da Serenidade, Paternidade, Perdas, Prazer, Sobriedade

Acredito que nós alcoólicos, pelo menos é o que sinto e é o que tenho ouvido de outros iguais, passamos a nos dar conta de certas coisas mais do que importantes depois do despertar espiritual. Ao pararmos de beber, ao experimentarmos as primeiras semanas de abstinência, os primeiros tempos de sobriedade, em todos esses períodos vamos tendo percepções novas e tateando detalhes pequenos e tão importantes que desprezávamos ao estarmos vivendo uma vida alcoólica na ativa. Mas após o despertar, segue-se um momento mágico. Percebemos o detalhe do detalhe. Enxergamos as minúsculas fagulhas que fazem a vida ser prazerosa. E então, todos os dias, a quase toda a hora, temos momentos em que, mesmo sem nos culparmos, apertamos os lábios e sem esperar resposta, perguntamos para nós mesmos: como é que por tanto tempo eu privei minha família, as pessoas do meu convívio e eu mesmo desses momentos mágicos?

Partilhei sobre isso na primeira parte de uma reunião de Alcoólicos Anônimos em que havia 164 pessoas. Um número bastante expressivo para nossa realidade regional. No intervalo, vários companheiros vieram falar comigo e dizer que sentiam o mesmo, que gostaram do depoimento. Nos olhos deles percebi que realmente se sentiam assim. Que aqueles olhos podiam ver as fagulhas mágicas. E, bem no fundo, notei em seus sorrisos uma certa candura como que acolher um recém-chegado. No final da reunião, eu já estava abrindo a porta do carro no estacionamento quando fui abordado por um companheiro que conheço há um bom tempo, mas que nunca tivemos a oportunidade de conversarmos. Ele veio gargalhando e com os olhos marejados. Apertou firme minha mão e disse em tom de alegre deboche: “Tu descobriste o segredo, não é? Tu descobriste o segredo!” e se foi, rindo.

Pois se há quem diga que a vida é aprender a lidar com perdas e ganhos. Então o que dizer de quem deixou de lado e privou sua família da essência da alegria por pelo menos 22 anos? Ontem fui à minha primeira reunião de pais na escola. Minha filha tem um ano e quatro meses. Está na escolinha infantil desde julho. Na época, eu estava internado em um centro de recuperação. Naquela pequena sala havia uns 15 pais e mães apreciando as pinturas e outros trabalhos que seus filhos fizeram no semestre, recebendo informações sobre o que farão no próximo, coisas assim. À exceção de um casal, eram todos pais de primeira viagem, assim como minha esposa e eu. E eles falavam daqueles assuntos todos com uma intimidade incrível. E eram todos mais jovens pois em função do meu alcoolismo, minha esposa e eu retardamos ao máximo a vinda do bebê. E cheguei a pensar que estava faltando algo no meu papel de pai, pois não estava entendendo quase nada daquela linguagem que aqueles jovens pais e mães falavam. Foi angustiante.

Um dia de sol, uma caminhada, um abraço. Um sanduíche caprichado, um filme interessante, uma soneca revigorante. Uma boa conversa, um sonho que lembramos, um pequeno desejo atendido. Ajudar alguém, receber uma gentileza, fazer uma prece em pleno congestionamento. Quantas fagulhas perdidas. Quantos momentos mágicos deixados para trás… E aí vem a Oração da Serenidade: “Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar…”.

Tenho um companheiro de A.A. que sempre repete no final dos seus depoimentos: “Só quem teve no fundo do poço dá valor à água limpa que bebe”. Hoje eu dou valor. Só por hoje quero fazer por merecer poder ver as fagulhas da alegria, mesmo nos momentos difíceis. Só por hoje vou me permitir ter momentos mágicos. E que o Poder Superior me dê a graça de conseguir compartilhar tudo isso com meus familiares e amigos, com quem esteve comigo sempre, principalmente quando nem eu mais achava que merecia.

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Eu enlouqueci minha esposa

02 terça-feira dez 2014

Posted by Alcoólico em paz in AA, Al-anon e Alateen, Experiências pessoais

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12 Passos, AA, Abstinência, Aceitação, Al-Anon, Alanon, Alateen, Alcoólicos Anônimos, Alcool, Alcoolismo, Alegria, Amor, Ansiedade, Casamento, Codependência, Culpa, Despertar Espiritual, Doença, Família, Felicidade, Filhos, OMS

“Eu enlouqueci minha mulher!”. Frequentemente ouvimos essa frase em reuniões de Alcoólicos Anônimos. Eu mesmo já a proferi algumas vezes em meus primeiros tempos de A.A. A codependência é um estado terrível a que milhares de familiares de alcoólicos e dependentes químicos são submetidos. Em grupos de auto-ajuda, consideram-se doentes também, porém ainda hoje a codependência não é reconhecida formalmente como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável pelo Cadastro Internacional de Doenças (CID), no qual o alcoolismo, por exemplo, é classificado como F10 (Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool) e suas variações. Alguns estudiosos mais ousados dentre os reconhecidos no meio das publicações médicas no máximo atribuem à codependência um status de “construção social”.

Mas não é isso que vemos na prática. Temos pessoas realmente transtornadas mentalmente pelo convívio direto ou indireto, emocional ou não, com um alcoólico ou dependente de outras drogas. Graças ao Poder Superior, quase em concomitância com a criação dos primeiros grupos de A.A., em 1935, as esposas dos que buscavam recuperação em reuniões que ocorriam em casas de família começaram a perceber que também necessitavam de ajuda mútua e que podiam usar os princípios dos 12 Passos de A.A. em suas vidas. Surgiram assim os grupos de Al-Anon.

Para quem nunca ouviu falar, Al-Anon, e Alateen (para adolescentes) são irmandades de familiares e amigos de alcoólicos que podem ainda estar bebendo, estar em sobriedade (frequentando A.A. ou não) ou mesmo ainda daqueles que não fazem mais partes de suas vidas. Eles se reúnem para resolver seus problemas comuns de medo, insegurança e os relacionamentos difíceis ligados à doença do alcoolismo.

Hoje já não digo mais que tornei minha mulher uma louca. Mas sei que a deixei doente. Com pouco tempo de sobriedade, ainda está difícil nossa convivência. Nos amamos, gostamos de estar juntos, ela sabe que estou firme no propósito de não beber, que estou fazendo o programa de 12 Passos e tudo mais o que é sugerido em Alcoólicos Anônimos, mas… o medo de uma recaída ainda persiste nela. Quase diariamente ainda ouço frases como: “Tu não vais mais beber mesmo?”, “A vida vai dar certo daqui para frente?”, “Aqueles tempos de horror não vão mais voltar?”, “Eu vou conseguir voltar a ter felicidade na vida?”, e assim por diante.

Nessas horas, preciso buscar lá do fundo da minha sobriedade (adquirida graças ao Poder Superior por meio de um despertar espiritual) forças para largar o chicote da culpa e tentar acalmá-la. Muitos de nós, que ainda não estamos firmes no propósito primordial de não voltar a beber, ou que não experimentamos um despertar espiritual, ou que ainda mantemos reservas, acreditando que ainda podemos beber, que ainda não perdemos o domínio de nossas vidas para o álcool, acabamos por sucumbir. E pior, tendemos a colocar a culpa da recaída nos familiares, por não nos darem o apoio que necessitamos. Esquecemos que decidimos e precisamos parar de beber por nós mesmos, porque acreditamos que nossa vida tem valor e que não temos o direito de destruir nem nossa existência, nem a serenidade de quem mais nos ama: nossos familiares.

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Momentos plenos

28 sexta-feira nov 2014

Posted by Alcoólico em paz in Experiências pessoais

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Alcoólicos Anônimos, Alegria, Felicidade, Gratidão, Momentos Plenos, Paternidade, Paz, Plenitude, Recuperação, Sincronicidade

Um velho consultor da clínica onde estive internado por três vezes antes de ter meu despertar espiritual e encontrar a sobriedade me disse certa vez que teríamos momentos plenos no caminho da recuperação. Naquilo estava implícito que nossa vida em abstinência não seria um mar de rosas e que teríamos de lidar com questões difíceis, mas que também que seríamos abençoados por instantes ou períodos de felicidade. Pois bem.

Nos meus últimos 10 anos de alcoolismo ativo, os piores de todos eles, não lembro de sequer um momento de felicidade. Tive, sim, episódios de euforia, de êxtase até. Mas de felicidade como eu consigo ver agora, não.

Aconteceu quando eu estava há exatos 14 dias sem beber. Vivia uma tranquilidade imensa depois do despertar espiritual. Com aquela paz que sentia, buscava ver no cotidiano algum motivo para ser feliz. Realmente me esforçava para achar graça nas coisas. “Tudo bem”, pensava eu, “a vida é isso aí mesmo. Tem o trabalho, as coisas para resolver, fazer comida, pagar as contas… e dar um passeio pelo parque ou comer pipoca assistindo a um filme na tevê com minha mulher e nossa filha. Ter esses momentos simples é viver feliz. Tudo que tenho de fazer é me reeducar para me sentir alegre com isso”. Graças a Deus, eu estava enganado.

Minha esposa havia proibido a creche de entregar nossa filha para mim caso ela não estivesse junto, com medo de uma recaída. Pois naquela sexta-feira, ela tinha um outro compromisso após o trabalho e se atrasou. Telefonou-me preocupada, pois a creche iria fechar e precisava que eu apanhasse a bebê. Fui. Caminhava pela rua meio sem jeito de ter de explicar que eu estava sóbrio e era o único que havia para apanhá-la. Mas na escola, ninguém lembrou da recomendação e de lá saí, faceiro, com minha filha amada no colo.

Cheguei em casa e esquentei uma comida. Ela papou tudo. Como minha esposa e eu ainda estávamos separados e eu não morava com elas, não tinha noção da rotina daquela criaturinha. Como a pequena adora percussão, coloquei um CD de música infantil, dei à ela uma lata de leite em pó vazia, uma escova de dentes e a peguei no colo para dançarmos. Ela batia na lata com a escova e gargalhava… Demorou um pouco para eu perceber, mas deparei comigo sorrindo de pura plenitude por estar dançando uma canção infantil no meio da sala com uma menina de um ano e três meses no colo. Foi um dos momentos mais felizes da minha vida. Foi o primeiro momento feliz depois daqueles anos todos!

Quando minha esposa chegou, decidi ir correndo para a reunião de Alcoólicos Anônimos que já deveria estar no intervalo. Precisava contar aquilo para alguém. Quando entrei na sala, lá estava aquele velho consultor me chamando com um aceno. Ele estava naquela cidade naquela noite e decidiu ir a uma reunião, justamente naquele grupo, um dos 29 que existentes lá. No final, pude contar meu momento pleno para alguém, como eu queria. E para a pessoa que talvez mais eu quisesse contar. O Poder Superior me deu mais essa alegria.

Hoje à noite, dia 28 de novembro de 2014, esse homem abençoado vai receber sua ficha de 30 anos de sobriedade. E eu vou, feliz, dirigir por 175 quilômetros para estar na lá e dar-lhe um abraço de gratidão.

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Quando a recuperação é sofrida

27 quinta-feira nov 2014

Posted by Alcoólico em paz in AA, Experiências pessoais

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12 Passos, Abstinência, Alcoólicos Anônimos, Alcoolismo, Alegria, Ansiedade, Bem-estar, Bill W., Despertar Espiritual, Paz, Serenidade, Sobriedada, Sofrimento

Em um dos grupos de Alcoólicos Anônimos dos quais participo, há um companheiro que algumas vezes me causa enjoo durante seus depoimentos. Ele, com 26 anos de abstinência, invariavelmente fala que ainda tem uma vontade imensa de beber em determinados momentos. Parece que adora falar aquela frase: “ainda sinto o gosto da cachaça na minha boca”. Parece ser daqueles que, como dizem, apenas tampou a garrafa. Não se preocupa com os 12 Passos. Segue apenas a mensagem (bendita) que diz para evitarmos o primeiro gole de 24 em 24 horas. Não é o único, claro. Há vários assim e em quase todo o grupo de A.A. Gente boa, que não deveria sofrer dessa maneira. Até parece que precisam a cada dia renovar os votos da Terceira Tradição: “Para ser membro de A.A., o único requisito é o desejo de parar de beber”. Outro companheiro, esse mais tranquilo, diz que precisa ir todos os dias a pelo menos uma reunião para se manter sóbrio. Ele está há 17 anos sem beber. Desses também encontramos muitos por aí.

Não estou aqui para julgar ninguém. Até tento descobrir de que forma suas experiências podem me ajudar ainda mais a me manter sóbrio. Além disso, cada um faz a recuperação do modo que mais lhe aprouver. Apenas acredito que não nascemos para sofrer. E, graças a Deus, há muitos outros tantos companheiros (a maioria, na verdade) que também pensa assim. Esses, em seus depoimentos, afirmam com a maior humildade e serenidade que a bebida deixou de fazer parte da vida deles. São doentes. Tudo bem. Precisam ir a reuniões com frequência. Tudo bem. Mas não precisam sofrer. Acho que podemos ser felizes mesmo sendo alcoólicos. Na verdade, podemos até dar graças por sermos portadores dessa doença, pois foi por meio dela que muitos como eu tiveram a oportunidade de conhecer em A.A. os valores de vida e as ferramentas para corrigirmos nossos defeitos de caráter.

Agradeço ao meu Poder Superior por, desde o meu despertar espiritual, nunca mais ter sofrido por vontade de beber. Minha memória química ainda persiste, mas consigo lidar com ela. Coisas chatas acontecem (agora mesmo escrevo em um congestionamento que dura duas horas para a remoção de uma carreta que tombou na pista), mas coisas chatas acontecem. Nem por isso cogito beber. Por causa desta convicção é que mantenho esse blog, Alcoólico em Paz. Porque acredito nessa nova vida. Em uma vida de recuperação com leveza na alma. Para encerrar, cito o próprio Bill W., co-fundador de A.A. que escreveu em um artigo de dezembro de 1957 (A Linguagem do Coração, págs. 275 e 276):

“Sabemos que o despertar espiritual é a chave que nos abre a possibilidade de sobreviver ao alcoolismo e que, para a maioria de nós, é a única chave. Temos de despertar, senão morremos. (…) A sobriedade é tudo o que podemos esperar ter de um despertar espiritual? Não, a sobriedade não é senão um mero começo, é somente a primeira conta de que pouco a pouco podemos descartar a velha vida – a que não deu certo – e substituí-la por uma nova vida que pode dar certo e que dará, sejam quais forem as circunstâncias”.

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