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Alcoólico em paz

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Arquivos da Tag: Honestidade

Você sabe lidar com suas emoções? Descubra com essas 10 dicas

23 quarta-feira mar 2016

Posted by Alcoólico em paz in Cotidiano

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Ajuda, Altruísmo, Bem resolvido, Chorar, Desculpas, Discussão, Discussões, Emoção, Emoções, Honestidade, Humildade, Mente Aberta, Negativismo, Observação, Positivo, Prejuízos, Sentimentos, Tranquilidade

É fundamental para o ser humano, buscar o aprendizado de suas emoções, o controle e a paciência. Afinal, quando lidamos somente por impulso, corremos um grande risco de machucar pessoas que não queremos e falar coisas que não sentimos.

Para descobrir se você sabe lidar com suas emoções, confira se você possui a maioria das 10 características listadas abaixo:

Não teme coisas negativas

Você tem em mente que a vida não é só feita de coisas positivas e por esse motivo é normal que por vezes também existam situações “não tão boas”, e nesses casos é essencial que saiba reconhecer e que esteja preparado para as enfrentar.

Opta por observar de uma forma geral

É de extrema importância que o faça, até porque, ao encarar as coisas à distância, você consegue fazer uma análise mais contextualizada e menos influenciada por questões pessoais e isoladas.

Tem facilidade em colocar-se no lugar do outro

Se você for alguém muito empático é normal que tenha bastante facilidade para perceber aquilo que os outros estão passando. É também um sinal que de você é uma pessoa madura no que diz respeito às suas emoções.

Não tem medo de chorar

Você não tem medo das lágrimas escorrendo em seu rosto, até porque não existe nenhum problema em demonstrar os seus sentimentos.

É uma pessoa bem resolvida

Você demonstra tranquilamente a tudo e todos que a única pessoa que o critica é você próprio, afinal tem noção que as coisas mais negativas podem ser muito prejudiciais para si.

Consegue acabar com discussões

Às vezes, quando as opiniões são diferentes, é normal que existam discussões para ver quem apresenta o melhor ponto de vista e acaba por ‘ganhar’. Se você é daquelas pessoas que mesmo tendo a certeza da sua razão, opta por terminar a discussão, pois percebe que aquilo não levará a lugar algum, está mais do que visto que tem o controle absoluto das suas emoções.

Expressa os seus sentimentos

Você não tem problema em expressar os seus sentimentos, pelo contrário faz questão de demonstrar.

Acima de tudo é honesto consigo próprio

Você consegue equilibrar os seus sentimentos através da capacidade que possui de entender o que está a acontecer consigo, pois desta maneira é mais fácil resolver os seus problemas e tornar a sua vida muito mais fácil.

Não tem medo de pedir desculpas

Você sabe que é natural que todo o ser humano erre, por isso consegue realizar o mais importante que é reconhecer esse erro e admiti-lo, pois quando isto acontece é muito mais fácil para si seguir em frente.

Sabe quando precisa de ajuda

Quando a vida te impõe situações complicadas, você não tem medo de pedir ajuda e desabafar.


Fonte: LifeStyle

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Como um alcoólico em recuperação deve lidar com seus filhos codependentes

29 sexta-feira jan 2016

Posted by Alcoólico em paz in AA, Al-anon e Alateen, Ciência, Cotidiano, Experiências pessoais, Narcóticos Anônimos

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Abstinência, Al-Anon, Alcoólatra, Alcoólico, Alcoolismo, Companheiros, Confiança, Conselhos, Consequencias, Convivência, Criação, Dependência química, Dicas, Exemplo, Filhos, Finanças, Honestidade, Humildade, Limites, Maternidade, mãe, Mente Aberta, Metas, pai, Parceiros, Parceria, Parenting, Paternidade, Proposta, Proteção, Recuperação, Responsabilidade, Vítimas, Vitórias

Parenting é a palavra em inglês para maternidade ou paternidade, mas quando se refere a questões envolvendo dependência química, ela ganha um pouco mais de sentido. Poderia ser traduzida como o processo de criação dos filhos promovendo apoio físico, emocional, social, financeiro e desenvolvimento intelectual de uma criança da infância para a idade adulta. Refere-se aos aspectos de criar um filho além do relacionamento biológico normal, mas psicológico também, principalmente no que se refere à codependência.

Praticar parenting com nossos filhos pode ser um problema significativo para nós pais/mães alcoólicos em recuperação. Eles, ainda que adolescentes, eventualmente estão fora do nosso círculo de controle, mas sempre estarão dentro do nosso círculo de influência! E precisamos estar presentes. Nossos filhos devem sentir que estamos disponíveis para ajudar, sem que fique pairando em suas mentes a imagem do pai/mãe alcoólico na ativa.

Observando diversos artigos publicados em revistas científicas, artigos sobre o assunto e mesmo em publicações internacionais de Al-Anon, pude elencar alguns princípios básicos e fundamentais na nossa relação com nossos filhos que ajudam a melhorar o relacionamento. São elementos-chave que os ajudam a nos ver como presentes nas suas vidas adultas ou jovens, que seremos uma influência em suas vidas e que agora podemos fazer isso de forma positiva, ajudando em um dos aspectos mais básicos na autoestima e afirmação como seres humanos em uma sociedade: as tomadas de decisão.

Mas lembre-se! Para tudo o que está escrito abaixo ser elementos de melhoria para seus filhos, é importante que tenha em mente os princípios básicos de honestidade, humildade e mente aberta, não por acaso respectivamente aqueles invocados nos 1º, 2º e 3º Passos de Alcoólicos Anônimos. Ou seja, não adianta parar de beber e não mudarmos nossas atitudes e pensamentos perante o mundo e encontrar uma nova maneira de viver (leia mais no post O alcoólico que nunca bebeu).

Pois bem, seguem as considerações para refletirmos:

Seja um mentor, não um ditador

Não estou fazendo a suposição que você sempre foi um pai/mãe ditatorial, mas a medida que uma criança cresce, principalmente em um ambiente de alcoolismo, nosso papel é significativo para mudar a impressão de que tem de nossa vida alcoólica. Acredita-se que é importante dar conselhos, oferecer recursos e ajudar quando necessário, mas não assumir o controle. Nossos filhos precisam fazer suas próprias escolhas e assumir as consequências delas. Então, o nosso papel como um pai/mãe precisa ser mais como um amigo mais velho e agora confiável. Precisamos respeitar nossos filhos, já os desrespeitamos demais.

Estabeleça limites apropriados

Quando filhos, mesmo adultos, vivem com você ou quando você está fornecendo apoio financeiro para eles, você pode e deve estabelecer as condições para que continue a apoiá-lo. Para isso, sua vida alcoólica passada deve ficar no passado. É preciso estar realmente em recuperação para poder estabelecer limites, mesmo quando é você quem sustenta a casa. Seus filhos adultos precisam manter você informado sobre onde estão, o que estão fazendo e com quem. Você tem o direito de saber, MAS na condição de codependentes, eles precisam de reciprocidade, ou seja, é importante que eles também conheçam sua rotina e, caso ela mude, sejam avisados. Essa segurança é fundamental para eles terem confiança em você e aceitarem suas regras justas.

Mantenha responsabilidade financeira

Embora seja certamente aceitável ajudar financeiramente um filho adulto que precisa de ajuda, é preciso que os ensine a ter responsabilidade financeira. E para isso, você deve dar o exemplo! É importante que eles possam saber das responsabilidades deles para lidar com dinheiro, mas também precisam saber das obrigações que você tem para manter a casa. Dessa forma, o ideal é que eles sejam envolvidos nos processos de decisão e do pagamento de contas. Mas, importante, a opinião deles deve ser considerada sempre! Caso contrário, ficar de “corpo presente” ou como mero ouvinte em uma discussão sobre planejamento financeiro da família tornará a atividade desgastante e só tende a piorar a situação. Ou seja, tentaram de tudo para ajudá-lo a combater o vício e agora têm suas autoestimas jogadas no lixo porque suas opiniões não são consideradas. Fique atento a isso. Seus filhos são agora seus parceiros, não suas vítimas.

Esclareça as expectativas regularmente

Em recuperação, quase todos os alcoólicos buscam ou anseiam um contato estreito com seus filhos e gostariam não só de saber como andam as coisas com eles, mas também demonstrar como andam as coisas consigo (cuidado para não incorrer nos defeitos de caráter da autopiedade, do egoísmo, entre outros). Para manter essa equação balanceada, é importante que você, além de arguir sobre os planos de seus filhos para o futuro, também deixe claro para eles quais são suas metas, suas expectativas e o que estás fazendo para alcançá-las. Essa atitude é fundamental para que, mesmo que aos poucos, vocês comecem a trocar experiências, confiarem uns nos outros e o mais interessante: comemorar juntos as vitórias!

Deixe os seus filhos serem adultos

Finalmente, às vezes os pais estão ansiosos para continuar a proteger seus filhos de consequências negativas, como foi o caso do alcoolismo ou da dependência química a outras drogas no seu caso. Mas os melhores pais sabem que eles devem permitir que seus filhos experimentem os pontos positivos e negativos da vida. Confie neles. Eles compreendem muito bem o exemplo negativo que você deu durante sua vida alcoólica ativa. Agora só o que você pode fazer é mostrar o quanto você pode ser feliz e ter uma vida próspera em recuperação (lembrando que recuperação significa não só abstinência, mas um pensar constante sobre a vida e a busca incessante pelo aperfeiçoamento pessoal). Pode ser doloroso para você, mas creia: foi ainda mais doloroso para eles assistir você se matando e destruindo a família.

Parenting pode ser uma proposta difícil. Mas se todos queremos nossos filhos de volta. E para fazer isso acontecer, devemos buscar os processos adequados. É uma grande meta. Talvez a mais nobre depois daquela a que nos propomos quando decidimos parar de morrer e começar a viver em recuperação.


Escrito pelo editor do blog Alcoólico em Paz. É livre a reprodução, desde que citada a fonte e, preferencialmente, o link para este post.

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Dias de luta, dias de glória

04 sexta-feira dez 2015

Posted by Alcoólico em paz in Cotidiano, Experiências pessoais

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Alcoólico, Alcoolismo, Amor, Escola, Espelho, Família, Filha, Filhos, Honestidade, Humildade, Luta, Mente Aberta, Paternidade, Paz, Percepção, Recaída, Recuperação, Retrovisor, Sincronicidade, Sobriedade, Vida

Confesso que o “alcoólico em paz” de 17 de novembro de 2014, dia do lançamento deste blog, sobrevive a duras penas em alguns momentos do dia em que a ternura do mundo (sim, ela existe) ativa a minha mente aberta e honestidade. Desde 4 de maio deste 2015, dia da recaída, venho caminhando aos tombos nessa trilha em busca da sobriedade que já em poucos companheiros consigo identificar. Todos esses transtornos ficam claros no número de posts escritos por mim nesse período de seis meses: apenas dois (Retroalimentação e Recaída e recomeço: onde a serenidade, a coragem e a sabedoria se encontram).

Mas, de certa forma especial, foram cumpridas as metas estranhas daqueles posts do meu “plano infalível” para controlar o alcoolismo (leia mais em: Larga o joystick!, Vá com calma. É aos poucos que a vida vai dando certo e Descobri o sentido da palavra ‘recuperação’). A vida melhorou muito, encontrei (finalmente) um padrinho, organizei finanças e estabilizei-me no emprego, etc. Mas enfrento fortes tombos, beijei a lona violentamente por algumas vezes, e ainda estou em pé. Nem sabia como isso era possível até semana passada, quando ocorreu uma reunião de pais da escola de nossa filha de dois anos.

Final de ano, filhos avançando em suas formações pessoais, pais emocionados… essas coisas. Foi aí que a pedagoga responsável pela turma propôs um exercício. Nos entregou uma caixa dentro da qual, segundo ela, havia um grande presente para nossos filhos. Ao abrir, encontrei no fundo dois espelhos, lado a lado. Como fui o último da roda a ver o presente, fui o último a falar sobre as impressões. Identifiquei-me bastante com a fala dos outros pais, mas, encafifado, perguntei:

_ São dois espelhos porque não havia um grande para preencher o fundo da caixa, ou havia algo a mais a ser explicitado?

_ Hehe. Não… é que não achamos nenhum que coubesse no fundo e colocamos dois… – disse a professora.

Pois para mim foi fundamental aquela estranha sincronicidade que só um Poder Superior pode colocar em nosso caminho. Comentei que nossa vida familiar foi bastante conturbada no último semestre, mas aqueles dois espelhos me ajudaram muito. Nem fixei meu olhar muito no do lado esquerdo, fiquei emocionado com o do lado direito. O que vi no fundo daquela caixa foram dois homens diferentes. Ao dado esquerdo, um lutador incansável, todo arrebentado, segurando-se às cordas para manter-se em pé. Do outro, o futuro, um homem forte, firme, amante e amado, consciente de que é preciso se manter sóbrio para que sua família floresça cada vez mais… ou melhor, não padeça no horror de um marido e pai alcoólico na ativa.

E é assim que, sempre de olho no retrovisor, espelho mágico do qual nós alcoólicos não podemos nos furtar, estou seguindo em frente. Estamos quase lá. Quase lá. E a vida parece que será sempre assim. Vamos nos mantendo em pé, um dia de cada vez. Mas eu hoje ainda não admito isso. Acho que temos que pensar que já chegamos muito longe. Que a caminhada não volta ao ponto inicial, mas recomeça a cada recaída (não que isso seja argumento para tal). Sinto-me feliz, caminhando firme, confiante. Se nenhum dia for de luta, pode ser que sejam muitos de glória, mas todo o dia de luta, certamente será um dia de glorificação. Então, se lutar for preciso, que a mente esteja sempre aberta e a boa vontade sempre seja uma de nossas ferramentas espirituais mais fortes.

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Recaída e recomeço: onde a serenidade, a coragem e a sabedoria se encontram

29 sábado ago 2015

Posted by Alcoólico em paz in AA, Experiências pessoais, Narcóticos Anônimos

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12 Passos, 12º Passo, 1º Passo, 24 horas, 5º Passo, A.A., AA, Ajuda, Alcoólicos Anônimos, Alcoolismo, Caminhada, Coragem, Décimo Segundo Passo, Declaração de Responsabilidade, Deus, Falhas, Honestidade, Humildade, Oração da Serenidade, Passos, Poder Superior, Primeiro Passo, Quinto Passo, Recaída, Recomeço, Recuperação, Responsabilidade, Retorno, Reunião, Sabedoria, Só por hoje, Serenidade, Termo de Responsabilidade, Tropeço, Vida

Zerar o cronômetro da recuperação é talvez a questão mais dolorosa na vida de um alcoólico. Mas acredito que também seja uma das tarefas que exigem mais coragem e determinação. Zerar o cronômetro, para mim significa recomeçar. A recaída é uma desgraça, tudo bem. Nunca tem um motivo claro, geralmente são várias gotas que encheram o copo até transbordar. Mas identificar, avaliar e reconhecer todos esses erros é tarefa para depois. Agora o que importa é continuar a caminhada. O que realmente tem peso é que ainda há esperança, que não desistimos, que acreditamos que podemos viver uma existência digna e feliz, não importa quantas perdas sofremos com o tropeço.

É sempre difícil escrever sobre recaída. Por isso, prefiro focar no recomeço, o que quase invariavelmente passa pelo retorno a uma sala de Alcoólicos Anônimos. Para muitos, esse é um ato de muita humildade, mente aberta e coragem. Mas acredito que há uma atitude bem mais complicada: procurar um companheiro e quase que fazer um Quinto Passo, admitindo a derrota e a natureza exata de nossas falhas. Sim, pedir ajuda olhando nos olhos de outro ser humano é talvez mais difícil do que entrar em uma reunião de A.A. e solicitar outra ficha amarela. Meu Deus, como é preciso ter boa vontade para cometer esse gesto!

De todas as vezes que recaí nesses quase 23 anos de alcoolismo identificado, foi somente no último retorno que consegui tomar essa atitude. E isso foi fundamental. Confiei em um homem que, graças a um Poder Superior, teve a grandeza de honrar, sem pestanejar, a Declaração de Responsabilidade de A.A. (“Eu sou responsável. Quando qualquer um, seja aonde for, estender a mão pedindo ajuda, quero que a mão de A.A. esteja sempre ali. E por isto, eu sou responsável”). Jamais vou esquecer daquele olhar de quem, mesmo demonstrando muita calma, foi honesto em reconhecer que talvez não soubesse como e se poderia ajudar, mas que estaria sempre ao meu lado, seja onde for, a hora que for e faria de tudo para que eu voltasse à vida.

Foi em um café da bela Rua da República, por onde passa o Paralelo 30° no bairro Cidade Baixa, o mais boêmio de Porto Alegre, que os três principais elementos da Oração da Serenidade se encontraram. A coragem de alguém pedindo ajuda, a sabedoria de quem estava ajudando e a serenidade que se estabeleceu em minha alma e que permanece até agora em minha recuperação. Eu estava novamente dando o Primeiro e ele o Décimo Segundo Passo. Foi nessa conjunção que compreendi que eu não havia voltado à estaca zero, mas apenas recomeçando uma caminhada. Cronômetro zerado, mas isso não importava mais. O que importa são as 24 horas, só por hoje.

_ Muito obrigado, Zeca!
_ O que é isso… eu é que agradeço por poder ser útil.

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Larga o joystick!

14 terça-feira abr 2015

Posted by Alcoólico em paz in AA, Al-anon e Alateen, Cotidiano, Experiências pessoais

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1º Passo, 2º Passo, 3º Passo, AA, Aceitação, Alcoólicos Anônimos, Angústia, Bíblia, Controle, Cotidiano, Desespero, Despertar, Despertar Espiritual, Deus, Espiritualidade, Família, Fé, Fundo de poço, Grão de mostarda, Honestidade, Humildade, Jesus Cristo, Joystick, Medo, Mente Aberta, Poder Superior, Primeiro Passo, Recuperação, Sanidade, Segundo Passo, Sobriedade, Tarefas, Terceiro Passo

Faz pelo menos três semanas que não escrevo. Isso não significa que minha recuperação está comprometida. Ao contrário, tenho feito muito por ela nessas últimas tantas 24 horas. Graças ao Poder Superior, não tenho sentido angústia alguma no enfrentamento de uma das minhas grandes questões pessoais: o gerenciamento de minha vida material. Daqui 14 dias, completo seis meses de sobriedade e parto para outra etapa. Neste meu primeiro ano de recuperação, o período dos 90 aos 180 dias é dedicado a colocar em dia minhas finanças (pelo menos organizá-las) e, de uma vez por todas, deixar de ter medo de fazer o que deve ser feito, o que toda a pessoa normal faz em seu cotidiano.

Cresci observando medo, angústia, desespero até, de fazer coisas relativamente simples, coisas que deveriam ser feitas com natural tranquilidade. Depois de adulto, declaração de imposto de renda, pagamento de IPVA, e outras tarefas que se faz uma vez por ano já eram o suficiente para tirar meu sossego por meses! Não vou entrar no rol de outras labutas, mas dá para se imaginar o pavor que sentia diariamente. Meu modo de “resolver” esses “problemas” era tornando-os mais amigáveis encharcando-os com álcool.

Ainda na minha primeira internação, há cinco anos, um consultor dizia: “larga o joystick!”. É até engraçado, mas apenas ontem, depois de ter entendido que o controle de minha vida está nas mãos de um Poder Superior, graças ao despertar espiritual, é que lembrei daquele conselho. Entendi o que o hoje amigo e companheiro José Pedro queria dizer. Ele condensava naquelas três palavras os três primeiros passos de Alcoólicos Anônimos. Quando admitimos que não temos o controle de nossas vidas, entendemos que um Poder Superior quer nos colocar de volta no caminho da sanidade e decidimos entregar nossa vida e vontade em Suas mãos, é que realmente largamos o joystick.

Dá ainda para resumir tudo em uma só palavra, bem curtinha em tamanho, mas infinita em significado: Fé! Como é que pode eu ter lido tantas vezes a afirmação “Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível” (Mt 17.20) e não a ter compreendido do fundo da alma?

Mesmo que você não seja alcoólico, que não tenha feito o Primeiro Passo de A.A. admitindo a impotência perante o álcool e que perdeu o controle sobre sua vida, acredito que seja pertinente fazer o Terceiro Passo: “Decidimos entregar nossa vida e nossa vontade aos cuidados de Deus, na forma que O concebíamos”. Quando precisamos fazer uma cirurgia, geralmente procuramos um cirurgião, quando precisamos fazer um tratamento de canal, buscamos um bom dentista, e assim por diante. Por que, então, não procuramos o melhor administrador para nossas vidas? Aquele mesmo que a criou e nos conhece mais do que nós mesmos?

Para encerrar, tem uma outra frase sobre fé de que gosto muito: “Fé é assim: primeiro você coloca o pé, depois, Deus coloca o chão”. Porém, sempre me neguei a dar esse salto no escuro. Somente depois de perceber que não me era facultado salto algum, pois já estava no escuro e no fundo de um poço foi que eu entendi a minha única opção em direção à vida. O meu salto foi para cima, em direção a uma Luz tão forte que, da mesma forma que o escuro, não me permite olhar além. Foi então que as coisas começaram a dar certo, somente quando permiti largar o joystick sem função que eu tinha em minhas mãos.

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12 sintomas que antecedem a recaída

24 terça-feira mar 2015

Posted by Alcoólico em paz in AA, Al-anon e Alateen, Cotidiano, Narcóticos Anônimos

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1º Passo, A.A., Alcoólico, Alcoólicos Anônimos, Auto-suficiência, Autopiedade, Boa Vontade, Cansaço, Comportamento, Dependência, Depressão, Desonestidade, Disciplina, Euforia, Exaustão, Felicidade, Frustração, Grupos, Honestidade, Impaciência, Insdisciplina, Médico, Mente Aberta, Pretensão, Primeiro Passo, Princípios espirituais, Psicólogo, Psiquiatra, Recuperação, Reuniões, Sintomas

Durante o processo de recuperação, a autoavaliação é sempre necessária para que possamos rever nossos passos, nossos comportamentos, nossas conquistas e também estarmos atentos aos sintomas que podem nos levar a uma recaída. Confira 12 sintomas que a antecedem:

Obs.: o conteúdo, encontrei em vários sites, não consegui descobrir a autoria, mas foi editado por mim para ficar mais claro. Inseri também alguns links (pode clicar que abre em outra aba) para posts deste blog para ampliar a avaliação dos pontos.

1. Desonestidade

Começa com mentiras nas pequenas coisas em casa. Depois surgem mentiras maiores, como dar desculpas para não fazer o que deve ou para fazer o que não deve. E termina com desonestidade consigo mesmo. Lembre do princípio espiritual do Primeiro Passo de Alcoólicos Anônimos: Honestidade. Leia mais: Abdique sua atitude egoica.

2. Impaciência

Exigir demais dos outros e de si. Querer tudo “para já”. Traçar metas que não se pode alcançar com esforço normal e/ou no tempo considerado normal. Concentrar-se só em problemas que ainda não estão completamente resolvidos. A dica é aquela básica de reuniões de A.A.: “vá com calma”. Leia mais: A boa vontade e a força de vontade.

3. Intolerância

Discutir e disputar pequenos e ridículos pontos de vistas, achando-se dono da verdade, tendo resposta para si e para os outros. Querer que todos mudem a maneira de vida só porque mudou a sua. Outro jargão de A.A. cabe nesse ponto: “viva e deixe viver”. Leia mais: Grupos de AA: é preciso saber conviver com defeitos de caráter.

4. Indisciplina

Descuidar de horários e compromissos. Esquecer as orações, meditações, inventário moral diário. Lembre-se que nada de grandioso na vida se consegue sem sacrifícios. Não invente prioridades. Aqui cabem dois jargões: “primeiro as primeiras coisas” e (leia mais) “a disciplina é a base da recuperação”.

5. Depressão

Medos e desespero inexplicáveis e irracionais devem ter suas causas identificadas e combatidas. Procure falar no seu grupo ou busque orientação médica. Olhe a vida também pelo lado positivo. Acredite em si, aposte em si. Dá certo se você fizer o certo. Leia mais: Sou grato a Deus por ser um alcoólico.

6. Frustração

Alimentar desencanto com pessoas e coisas que não estão sendo favoráveis. Lembre-se que nem tudo é exatamente como se quer. “Felicidade não é ter o que se quer, mas amar o que se tem”. Leia mais: Como lidamos com os horrores do alcoolismo.

7. Euforia

Achar que é impossível ficar melhor do que já esta… que o progresso, o sucesso é estupendo, que por isso “é bobagem se cuidar tanto”. A displicência sempre aparece quando tudo vai muito bem e é aí que ocorre, um grande número de recaídas. Cultive a moderação, mantenha seu equilíbrio emocional. “Viva apenas um dia de cada vez”. Leia mais: Momentos plenos.

8. Exaustão

Discipline horários de trabalho e lazer. Não se canse demais, proteja sua saúde física e mental. Foi na exaustão que recaí várias vezes. Quando você se sente bem, tem mais chance de pensar bem. Leia mais: Estudo indica que trabalho em excesso aumenta risco de alcoolismo e Vá com calma. É aos poucos que a vida vai dando certo.

9. Troca de dependência

Substituir o álcool ou droga por tranquilizantes ou tóxico por álcool é mera troca de dependência, é estar trapaceando consigo mesmo. É a maneira mais sutil para uma recaída. Mas também devemos ter o cuidado com a troca “saudável”, como dizem. Trocar álcool e/ou drogas por muito exercício físico, por exemplo, é só troca de compulsão! Trate disso com muita atenção. E cuidado com a auto-suficiência. Leia mais: Descobri o sentido da palavra “recuperação”.

10. Autopiedade

Julgar suas falhas de forma benevolente, justificando-se sempre. Lamentar-se “por que as coisas só acontecem comigo?” ou “ninguém dá valor no que faço”. Buscar desculpas no fato de ser dependente. Ninguém é melhor do que ninguém, não faça comparações. Leia mais: Precisamos cuidar de nossa criança interior.

11. Pretensão

“Estou curado, não tenho mais medo de álcool ou outras drogas. Qualquer um pode recair menos eu”. Frequentar lugares da ativa, para provar aos outros que não tem problemas, faz perder totalmente as defesas. Vale o mesmo para quem já sabe tudo sobre alcoolismo ou drogadição. Lembre-se que nossa doença é incurável. Leia mais: A fábula dos porcos-espinhos e Não tenho vontade de beber, mas sou um alcoólico.

12) Ausência aos grupos

A maioria das recaídas contam a história do abandono ou pouca frequência a grupo de apoio. A troca de experiências é vital para fortalecer a vontade, relembrar fracassos e evitá-los. Não se deve sentir tédio no programa, pois a recaída custa caro demais. Discipline-se! Leia mais: Grupos de AA: é preciso saber conviver com defeitos de caráter.


Fonte: Internet – Editado por Alcoólico em Paz

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Abdique sua atitude egoica

20 sexta-feira mar 2015

Posted by Alcoólico em paz in Cotidiano

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Abandono, Amor incondicional, Apego, Ego, Egoísta, Egocêntrico, Egoismo, Emoção, Emoções, Evolução, Felicidade, Hipocrisia, Honestidade, Humildade, Ilusão, Ilusões, Individuação, Insegurança, Jung, Liberdade, Libertação, Mente Aberta, Narcisismo, Natthalia Paccola, Prazer, Razão, Recuperação, Reflexão, Responsabilidade, Self, Sentimentos, Terapia, Verdade

Acredito que o grande problema da vida é assumir o que somos, o que queremos e sobretudo aquilo que não sentimos. Na individuação, termo de Jung, aprendemos que cada pessoa é única, sem divisões, entretanto busca incessantemente completar suas desarmonias em tudo que está fora de si, naquilo que lhe faz bem ou simplesmente, em objetos.

Este objeto pode ser uma roupa nova, calçados, viagens, comidas, homens, dentre inúmeros outros que lhe garantam momentos de homeostase. Eleito um desses objetos como fonte de felicidade, faz-se um investimento, sempre para garantir ganhos afetivos (primários) ou materiais (secundários).

Resumindo, toda vez que você coloca suas provisões fora de você mesmo, você estará apenas trocando a mosca, pois, com o perdão da palavra, a merda continuará a mesma. Acredite, o ego só tem um atributo: a razão, até mesmo a emoção é controlada pela razão; tentar buscar pelas próprias mãos o prazer de ser feliz, é utilizar o ego que avalia e fazer bom uso do ego que sente.

Não se ofenda se até aqui as palavras parecem confusas, no dia em que você deixar de acreditar que perdeu algo aprenderá que só perdemos aquilo que achamos que temos e nós não temos nada além do nosso Self. Só teremos tudo o dia em que não nos apegarmos a nada. Essa felicidade tão almejada tem de ser intrínseca pela estrutura do amor.

Quebrar qualquer ilusão, como ter de casar, ter filhos, ter uma casa, bom emprego, é trabalhoso. Por conta dessas ilusões as pessoas estão clivadas, divididas entre aquilo que é empático e o que é egocêntrico. Transferir a responsabilidade pela sua vida para outra pessoa é uma atitude egoísta, a grande conquista é a si mesmo.

Abdique sua atitude egoica, precisamos parar de contar mentiras para nós mesmos, abandonando as inseguranças e as cobranças por reconhecimento. O universo providencia todos os dias instrumentos para sua felicidade. Permita-se ser amado e ajudado. A pessoa que não aceita ser amada está na contramão do Self.

Se você está sofrendo, dê um basta ou continuará sofrendo. Só existe uma verdade: o amor incondicional, sem esperar nada, sem expectativas. Se você ainda espera uma atitude do outro é porque está sendo hipócrita. A hipocrisia é a pior atitude que podemos ter, mais uma vez estamos clivados através dos ganhos que temos na vida.

As vezes a pessoa está tão apoiada nessas mentiras que nem mesmo em terapia conseguirá se libertar, a hipocrisia lhe serve como muleta. Tirar essa muleta em consultório não é caridade, é arrancar a única coisa que lhe sustenta. Um árduo e belo trabalho de individuação está premente, somente através das elaborações desses conflitos internos a paz começará a parecer.

Ninguém evolui sem aprender, sem enfrentar. A verdade que construímos não pode ser diferente da verdade absoluta e você só vive essa verdade absoluta quando deixa de sofrer e você só deixa de sofrer quando se liberta das provisões narcísicas e somente se liberta das provisões narcísicas quando se permite amar e ser amado.

Reflita e reaja: “remendo novo não cabe em roupa velha”.


Fonte: Natthalia Paccola, psicanalista.

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13 coisas que as pessoas mentalmente fortes evitam

18 quarta-feira mar 2015

Posted by Alcoólico em paz in Cotidiano

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Amy Morin, Autopiedade, Desistência, Desistir, Energia desperdiçada, Erros, Falhas, Forbes, Honestidade, Humildade, Medo, Mente Aberta, Mente Forte, Mudanças, Oração da Serenidade, Resiliência, Ressentimento, Resultados imediatos, Riscos, Saudosismo, Serenidade, Solidão, Subjugação, Subjugar

Inúmeros artigos, particularmente voltados a empreendedores, falam sobre as características críticas das pessoas mentalmente fortes, como tenacidade, otimismo e uma capacidade de superar obstáculos.

No entanto, também podemos definir força mental identificando as coisas que indivíduos mentalmente fortes NÃO fazem. Confira alguns desses itens na lista compilada pela psicoterapeuta e assistente social Amy Morin:

1. Perder tempo sentindo pena de si mesmas

Você não vê pessoas mentalmente fortes sentindo pena de si mesmas ou suas circunstâncias. Elas aprenderam a assumir a responsabilidade por suas ações e resultados, e têm uma compreensão inerente de que muitas vezes a vida não é justa. Elas são capazes de emergir de uma situação difícil com consciência e gratidão pelas lições aprendidas. Quando uma ocasião acaba mal para elas, pessoas fortes simplesmente seguem em frente.

2. Ser controladas ou subjugadas

Pessoas mentalmente fortes evitam dar aos outros o poder de fazê-los sentir-se inferiores ou ruins. Elas entendem que estão no controle de suas ações e emoções. Elas sabem que a sua força está na sua capacidade de reagir de maneira adequada.

3. Fugir de mudanças

Pessoas mentalmente fortes aceitam e abraçam a mudança. Seu maior “medo”, se tiverem um, não é do desconhecido, mas de tornarem-se complacentes e estagnadas. Um ambiente de mudança e incerteza pode energizar uma pessoa mentalmente forte e estimular o seu melhor lado.

4. Gastar energia em coisas que não podem controlar

Pessoas mentalmente fortes não reclamam (muito) do tráfego, da bagagem perdida e especialmente das outras pessoas, pois reconhecem que todos esses fatores estão, geralmente, fora do seu controle. Em uma situação ruim, elas reconhecem que a única coisa que sempre podem controlar é a sua própria resposta e atitude.

5. Preocupar-se em agradar os outros

É impossível agradar a todos. Pior ainda é quem se esforça para desagradar outros como forma de reforçar uma imagem de força. Nenhuma dessas posições é boa. Uma pessoa mentalmente forte se esforça para ser gentil e justa e para agradar aos outros quando necessário, mas não tem medo de dar sua opinião ou apoiar o que acha certo. Elas são capazes de suportar a possibilidade de que alguém vai ficar chateado com elas, e passam por essa situação, sempre que possível, com graça e elegância.

6. Ter medo de assumir riscos calculados

Uma pessoa mentalmente forte está disposta a assumir riscos calculados. Isso é uma coisa completamente diferente do que pular de cabeça em situações obviamente tolas. Mas com a força mental, o indivíduo pode pesar os riscos e benefícios completamente, e avaliar plenamente as potenciais desvantagens e até mesmo os piores cenários antes de tomar uma atitude.

7. Saudosismo freqüente

Há força em reconhecer o passado e, sobretudo, as coisas aprendidas com as experiências passadas, mas uma pessoa mentalmente forte é capaz de evitar se afundar em decepções antigas ou fantasias dos “dias de glória” de outrora. Elas investem a maior parte de sua energia na criação de um presente e futuro melhores.

8. Cometer os mesmos erros repetidamente

Não adianta realizarmos as mesmas ações repetidas vezes esperando um resultado diferente e melhor do que o que já recebemos. Uma pessoa mentalmente forte assume total responsabilidade por seu comportamento passado e está disposta a aprender com os erros. Pesquisas sugerem que a capacidade de ser autorreflexivo de forma precisa e produtiva é uma das maiores características de executivos e empresários bem-sucedidos.
É impossível agradar a todos. Pior ainda é quem se esforça para desagradar outros como forma de reforçar uma imagem de força. Nenhuma dessas posições é boa. Uma pessoa mentalmente forte se esforça para ser gentil e justa e para agradar aos outros quando necessário, mas não tem medo de dar sua opinião ou apoiar o que acha certo. Elas são capazes de suportar a possibilidade de que alguém vai ficar chateado com elas, e passam por essa situação, sempre que possível, com graça e elegância.

9. Ressentir o sucesso dos outros

É preciso ter força de caráter para sentir alegria genuína pelo sucesso de outras pessoas. Pessoas mentalmente fortes têm essa capacidade. Elas não ficam com ciúmes ou ressentidas quando outros alcançam sucesso (embora possam tomar nota do que o indivíduo fez bem). Elas estão dispostos a trabalhar duro por suas próprias chances de sucesso, sem depender de atalhos.

10. Desistir depois de falhar

Cada fracasso é uma oportunidade para melhorar. Mesmo os maiores empresários estão dispostos a admitir que seus esforços iniciais invariavelmente trouxeram muitas falhas. Pessoas mentalmente fortes estão dispostas a falhar de novo e de novo, se necessário, desde que cada “fracasso” os traga mais perto de seus objetivos finais.

11. Ter medo de passar tempo sozinhas

Pessoas mentalmente fortes apreciam e até mesmo valorizam o tempo que passam sozinhas. Elas usam esse tempo de inatividade para refletir, planejar e ser produtivas. Mais importante, elas não dependem de outros para reforçar a sua felicidade e humor. Elas podem ser felizes com os outros, bem como sozinhas.

12. Sentir que o mundo lhes deve algo

Na economia atual, executivos e funcionários de todos os níveis estão ganhando a percepção de que o mundo não lhes deve um salário, um pacote de benefícios e uma vida confortável, independentemente da sua preparação e escolaridade. Pessoas mentalmente fortes entram no mercado preparadas para trabalhar e ter sucesso de acordo com seu mérito, ao invés de já chegar com uma lista de coisas que deveriam receber de mão beijada.

13. Esperar resultados imediatos

Quer se trate de um treino, um regime nutricional ou de começar um negócio, as pessoas mentalmente fortes entram nas situações pensando a longo prazo. Elas sabem que não devem esperar resultados imediatos. Elas aplicam sua energia e tempo em doses e celebram cada etapa e aumento de sucesso no caminho. Elas têm “poder de permanência” e entendem que as mudanças genuínas levam tempo.

E aí? Você tem força mental? Existem elementos nesta lista que você precisa melhorar?


Fonte: Forbes, 16/07/2014

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Descobri o sentido da palavra “recuperação”

03 terça-feira fev 2015

Posted by Alcoólico em paz in AA, Cotidiano, Experiências pessoais

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10ª Promessa, 12ª Promessa, 1º Passo, AA, Abstinência, Alcoólicos Anônimos, Boa Vontade, Calma, Caminhada, Despertar Espiritual, Finanças, Gratidão, Honestidade, Humildade, Paternidade, Primeiro Passo, Recuperação, Reparações, Só por hoje, Sobriedade

Em Alcoólicos Anônimos, quando estamos em abstinência, ou ainda melhor, quando estamos experimentando a sobriedade, nos identificamos como “alcoólicos em recuperação”. Em reuniões, frequentemente dizemos “em recuperação há X tempo”, em vez de “em sobriedade há X tempo”. Há poucas 24 horas, eu acreditava que o termo recuperação se esvaía em sentido quando voltássemos a ter uma serenidade tamanha que nos libertasse da obsessão do beber destrutivo. Que quando perdêssemos a vontade de beber e começássemos a trilhar um caminho de sobriedade, a designação “em recuperação” seria mera questão de praxe. Não é.

Chego a ficar envergonhado de não ter percebido isso antes, mas passados os primeiros 90 dias do meu despertar espiritual, depois dessa primeira etapa em que manter-me abstêmio e sem vontade de beber era a meta principal, passo agora a realmente recuperar-me como ser humano, como pai, como marido, como filho, como amigo, como uma pessoa produtiva na sociedade, etc. Isso envolve centenas de tarefas que antes, na ativa, eram inimagináveis. Algumas ainda são. Mas tenho que confiar nas 12 Promessas de A.A.. Principalmente na 12ª: “Perceberemos, de repente, que Deus está fazendo por nós o que não conseguíamos fazer sozinhos”.

Janeiro passou e consegui encontrar tempo para estudar bastante o 1º Passo. O final do mês coincidiu com minha troca de ficha de três meses se sobriedade. Tanto o estudo do passo quanto minha dedicação ao programa de A.A. e procura de ajuda com consultores e companheiros me fizeram chegar a um bom momento a que sou grato: estou realmente firme no propósito de não beber e uma recaída, embora sempre possível, é inimaginável para mim. Depois de tantas perdas, de tantos anos de horror e de tantas vezes que ouvi as lições nas minhas três internações e em grupos de A.A., posso dizer que consegui derrubar meu orgulho e ter a humildade suficiente para admitir minha derrota completa perante o álcool, meu fundo de poço e o fato de que minha vida é ingovernável se depender somente de mim.

Pois bem, parto agora, rumo aos seis meses, que se completarão em 28 de abril, um dia depois do meu aniversário. Nesse tempo, além de estudar e procurar fazer os passos 2, 3 e 4, conforme os meses, tenho como meta recuperar-me como homem, como pai de família, como cidadão. Preciso, de uma vez por todas, aprender a lidar com minhas finanças e ter serenidade para tratar desse assunto. Nesse último final de semana, em reunião com companheiros com anos de sobriedade, percebi que vários deles tiveram de atacar esse problema, o de saber lidar com dinheiro, de frente em um momento de suas recuperações. A doença do alcoolismo destrói implacavelmente a capacidade de o doente tratar de questões financeiras. Tanto é que existe uma Promessa de A.A. que fala especificamente disso, a 10ª: “O medo das pessoas e da insegurança econômica nos abandonará”.

Fato é que finalmente descobri o real significado da palavra “recuperação” em A.A. Tanto há para recuperar. Tanto há para reparar… Mas só posso seguir um dos lemas: “vá, mas vá com calma”. Ontem, olhando para o futuro, para a longa caminhada dessa tal recuperação, cheguei a sentir os ombros caírem por um instante. Mas novamente busquei outro lema: “só por hoje”. Um dia de cada vez. Não há por que ter pressa. A vida não está tão boa quanto eu acreditava estar. O simples fato de estar sem beber e, acredito, em sobriedade não garante muita coisa. Meus familiares e amigos estão felizes por mim. Mas não quero que estejam felizes por eu estar em pé, em vez de caído. Quero que eles fiquem felizes de me ver caminhando, igualmente feliz, a passos pequenos, mas firmes, confiante no amanhã cada vez mais iluminado. Felizes por eu estar realmente em recuperação.

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Dinossauros reunidos: o segredo está na próxima reunião

21 quarta-feira jan 2015

Posted by Alcoólico em paz in AA, Cotidiano, Experiências pessoais

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Tags

AA, Aceitação, Alcoólicos Anônimos, Experiência, Ficha, Fichas, Honestidade, Humildade, Reunião, Segredo, Sobriedade, Troca de ficha

Ontem participei de uma reunião de Alcoólicos Anônimos. Quando cheguei, me surpreendi com a quantidade de pessoas diferentes, várias delas com idade acima dos 60 e certamente provenientes de outros grupos. Logo percebi o motivo para as visitas: uma de nossas companheiras receberia sua ficha de 32 anos de sobriedade. Ficha simbólica, pois na irmandade de A.A., a última ficha é a de 30 anos. E quem chega a esse tempo de sobriedade, ou mesmo está perto dele, em algumas ocasiões é chamado carinhosamente de “dinossauro”. Pois bem, ontem a sala estava cheia deles.

Devo confessar que fiquei curioso e ansioso por ouvir os depoimentos de tantas pessoas mais experientes na irmandade e que por tantos anos, de 24 em 24 horas estão superando a doença do alcoolismo. Mas após duas horas, percebi o que não deveria ser novidade. Todos falaram o que todo o membro dedicado de A.A. sabe. Uns versaram sobre humildade, outros por honestidade. Uns falaram em aceitação, outros em boa vontade… Ou seja, a obra divina de Alcoólicos Anônimos é tão óbvia que “pode ser toda ela escrita em um grão de arroz”, como diriam os mestres orientais.

Mas o que ficou gravado para mim foi o depoimento da própria companheira que, do alto dos seus 81 anos de idade e 32 de sobriedade, falou basicamente sobre disciplina e domínio sobre o orgulho. Mais ainda, deu um exemplo vivo de como diferenciarmos orgulho de autoestima, arrogância de dignidade. Estou muito agradecido a ela.

E se, antes da reunião eu esperava por um segredo, fiquei com as únicas palavras que o dinossauro que entregou a ficha para a companheira falou (e que é um lema em A.A.): “o segredo está na próxima reunião”.

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